México

“Dos povos que ocupavam o continente americano antes dos europeus, deve-se se considerar os maias do Yucatán como os mais civilizados”, escreveu a pesquisadora americana Geraldine Carter, autora do livro Mitologia Latino-Americana: Astecas, Maias, Incas e Amazônia. Como os olmecas, astecas e toltecas, também da América Central, e os incas, do Peru, os maias construíram monumentos grandiosos e se estabilizaram numa sociedade rica, liderada por reis e sacerdotes. Algumas cidades maias eram tão populosas e fervilhantes como a antiga Atenas – tinham mais de 50 mil habitantes, que circulavam por ruas, avenidas e estradas, um complexo arquitetônico sofisticado e, culturalmente, um grande conhecimento artístico, matemático e astronômico. Mas as construções da era pré-colombiana exigiam pesados tributos e sacrifícios da população. “Outros povos, nômades e com estrutura social menos hierárquica, como os nossos índios, preferiam não seguir esse modelo social, que conheciam muito de perto”, diz o professor Eduardo Natalino dos Santos, da cadeira de civilização pré-colombiana da Universidade de São Paulo. Guerreavam para não ser dominados por sociedades mais estruturadas e defendiam com unhas e dentes sua maneira de viver. “Temos um certo complexo de inferioridade porque não encontramos uma civilização antiga desse porte no Brasil. Mas é difícil dizer quem era o povo mais inteligente e civilizado das Américas. São modos diferentes de encarar o mundo e de sobreviver”, diz o professor. Em 900 d.C., cidades e templos maias foram abandonados sem registros do que teria provocado isso. Segundo arqueólogos, cidades poderosas talvez tenham sido invadidas e a população fugido para não ser escravizada. Ou uma longa seca tenha levado as pessoas a terras mais férteis. “Porém o povo maia ainda toma as ruas e os pueblos (vilas) de México, Guatemala e Belize. Sua história está registrada na arquitetura, em afrescos coloridos e em escrituras sagradas.

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