
Mostrando postagens com marcador BBC Brasil. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador BBC Brasil. Mostrar todas as postagens
Ocupação do Litoral...

de São Paulo ameaça serpentes
Pesquisadores brasileiros realizaram o primeiro inventário de serpentes que vivem no litoral paulista e descobriram que boa parte delas corre o risco de desaparecer por causa da invasão dos seus habitats. Os pesquisadores Marcelo Duarte, do Instituto Butantan, e Paulo Cicchi, da Unesp de Botucatu, registraram a existência de 36 espécies em 18 ilhas de São Paulo. O inventário foi publicado na revista Biota Neotropica.
» Veja mais fotos
Segundo Cicchi, ainda há muitas ilhas a ser estudadas e existe o risco de algumas espécies desaparecerem antes mesmo de serem conhecidas pela ciência. "Nós conhecemos muito pouco da maior parte da fauna, não só das serpentes, mas de forma geral", afirma o pesquisador.
Segundo ele, a ocupação humana do litoral "leva a uma extinção mais rápida" de serpentes porque as ilhas onde elas vivem são ambientes peculiares e "totalmente vulneráveis" à ação do homem. São locais como o arquipélago de Ilhabela, ilha Anchieta e ilha do Cardoso.
Cicchi e Duarte analisaram as coleções de serpentes de todo o Estado de São Paulo, inclusive a do Instituto Butantan, uma das maiores do mundo. A partir desse levantamento, os pesquisadores foram a campo identificar onde elas vivem naturalmente.
O pesquisador da Unesp diz que por falta de recursos a equipe se limitou a ilhas com melhor infra-estrutura, mas ressalta que ainda há muitas a ser estudadas em locais onde possivelmente ocorrem outras espécies.
Cicchi diz que não é possível saber quantas espécies exatamente correm o risco de extinção justamente porque se sabe muito pouco sobre elas e outras que não foram sequer descobertas. Sabe-se, porém, que pelo menos as espécies endêmicas estão seriamente ameaçadas. Mas o pesquisador diz acreditar que o perigo exista mesmo para espécies que ocorrem em abundância hoje, como a jararaca ilhoa.
Cicchi defende que as áreas onde vivem as serpentes sejam protegidas pela legislação ambiental - atualmente apenas três das 18 ilhas estão sob proteção. "Essas áreas deveriam ser transformadas em áreas de proteção integral porque são importantes para a biodiversidade", afirma Cicchi.
O pesquisador também destaca que as serpentes só representam perigo para as pessoas quando têm seu ambiente invadido. Ele distingue também espécies mais agressivas como a jararaca de outras como a coral verdadeira - que embora seja bastante peçonhenta dificilmente ataca.
É o caso da jararaca ilhoa, que, segundo Cicchi, só ocorre na Ilha de Queimada Grande. O pesquisador alerta ainda que o desaparecimento dessas espécies pode gerar "um desajuste no ecossistema ou levar outras espécies à extinção".
Pesquisadores brasileiros realizaram o primeiro inventário de serpentes que vivem no litoral paulista e descobriram que boa parte delas corre o risco de desaparecer por causa da invasão dos seus habitats. Os pesquisadores Marcelo Duarte, do Instituto Butantan, e Paulo Cicchi, da Unesp de Botucatu, registraram a existência de 36 espécies em 18 ilhas de São Paulo. O inventário foi publicado na revista Biota Neotropica.
» Veja mais fotos
Segundo Cicchi, ainda há muitas ilhas a ser estudadas e existe o risco de algumas espécies desaparecerem antes mesmo de serem conhecidas pela ciência. "Nós conhecemos muito pouco da maior parte da fauna, não só das serpentes, mas de forma geral", afirma o pesquisador.
Segundo ele, a ocupação humana do litoral "leva a uma extinção mais rápida" de serpentes porque as ilhas onde elas vivem são ambientes peculiares e "totalmente vulneráveis" à ação do homem. São locais como o arquipélago de Ilhabela, ilha Anchieta e ilha do Cardoso.
Cicchi e Duarte analisaram as coleções de serpentes de todo o Estado de São Paulo, inclusive a do Instituto Butantan, uma das maiores do mundo. A partir desse levantamento, os pesquisadores foram a campo identificar onde elas vivem naturalmente.
O pesquisador da Unesp diz que por falta de recursos a equipe se limitou a ilhas com melhor infra-estrutura, mas ressalta que ainda há muitas a ser estudadas em locais onde possivelmente ocorrem outras espécies.
Cicchi diz que não é possível saber quantas espécies exatamente correm o risco de extinção justamente porque se sabe muito pouco sobre elas e outras que não foram sequer descobertas. Sabe-se, porém, que pelo menos as espécies endêmicas estão seriamente ameaçadas. Mas o pesquisador diz acreditar que o perigo exista mesmo para espécies que ocorrem em abundância hoje, como a jararaca ilhoa.
Cicchi defende que as áreas onde vivem as serpentes sejam protegidas pela legislação ambiental - atualmente apenas três das 18 ilhas estão sob proteção. "Essas áreas deveriam ser transformadas em áreas de proteção integral porque são importantes para a biodiversidade", afirma Cicchi.
O pesquisador também destaca que as serpentes só representam perigo para as pessoas quando têm seu ambiente invadido. Ele distingue também espécies mais agressivas como a jararaca de outras como a coral verdadeira - que embora seja bastante peçonhenta dificilmente ataca.
É o caso da jararaca ilhoa, que, segundo Cicchi, só ocorre na Ilha de Queimada Grande. O pesquisador alerta ainda que o desaparecimento dessas espécies pode gerar "um desajuste no ecossistema ou levar outras espécies à extinção".
Assinar:
Postagens (Atom)