Leilão de manuscritos de Fernando Pessoa gera polêmica

Há meses os jornais portugueses divulgam o leilão, que pode ser o último originário da leva de manuscritos que estava em poder da família.
A organização do evento teme que manuscritos importantes como o chamado dossiê Pessoa-Crowley seja vendido para o exterior, como colocou Kathleen Gomes no jornal "Público" em maio deste ano.
Uma outra questão essencial é a da dispersão dos documentos. "Há obviamente a questão de que os documentos serão separados", afirmou Jaramillo.
O Ministério da Cultura de Portugal chegou a manifestar interesse em adquirir lotes do leilão. Em junho, o ministro José António Pinto Ribeiro disse que o Estado compraria o espólio do escritor.
Ele afirmou ainda que parceiros da iniciativa privada que abraçassem o projeto eram bem-vindos.
No entanto, posteriormente, o órgão não comentou mais o assunto com a imprensa portuguesa, citando a possibilidade de que anúncios deste tipo inflariam o preço atribuído aos lotes.
"Eu gostaria de pensar que o Ministério da Cultura tenha as possibilidades financeiras para comprar. Eu tenho certa dúvida", afirmou Jaramillo, que disse que se interessaria em adquirir algo se tivesse meios para tanto.
"Se pudesse compraria, mas claramente não posso", declarou o pesquisador.

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