CÍRIO DE NAZARÉ

Dizem alguns informantes de Alves que a corda “é o elo entre o povo e a santa”. Podemos pensar também que, sendo a corda uma espécie de defesa da santa, e o mesmo tempo aquilo que a move, é como se os fiéis estivessem experimentando uma espécie de inversão. Se a santa protege seus fiéis e os carrega pela vida, provendo sua segurança, no dia da procissão são eles que, na procissão, fazem isso pela santa. E, na volta à sua vida diária provavelmente sentem-se aliviados por seu caráter humano frágil, de precisarem ser protegidos pela santa, e por não estarem em seu lugar, puxando a corda que carrega a humanidade.

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