O dominio de si em relacao ao mental,é o dominio sobre os pensamentos.

Na mente sem controle,os pensamentos vem e vão,inquietando o homem.É difícil dominar a mente,porque,como diz Arjuna no Bhagavad-Guita,
“a mente e o coração são instáveis,inquietos,turbulentos,vacilantes,obstinados e insubmissos à vontade;parece que dominar o coração ou a mente em suas inclinações é tão difícil quanto reter um forte vento.”Krishna ,porém responde: “Tens razão dizendo que é muito difícil dominar a mente,porque é instável,e inclina-se ora a um ,ora a outro objeto;entretanto quem fortaleceu a sua vontade por meio de exercícios e disciplina,pode ser o senhor do seu coração,senhor da sua mente.”
Esses exercícios são o de concentração e meditacão.Por meio deles vence-se a insubmissão mental,e o discípulo não pensa o que vem à mente,mas aquilo que ele quer pensar.
O domínio de si na ação consiste no controle sobre as influências externas,que nos vem por meio dos sentidos:
A vista,o paladar,o olfato e o tato.O discípulo há de exercitar a sua vontade para que possa,quando quiser ,fechar os sentidos ,externos,tornando-se com plena consciência,inacessível a todas as influências externas;ele há de abrir os sentidos internos,tornando-se clarividente,clariaudiente,clarissenciente,e imergindo-se na sua mais profunda essência a fim que não veja ,nem ouça,nem sinta nada senão a sua consciência espiritual.Quando atingiu este domínio,não sente dor ,não se deixa perturbarpor nenhum objeto visível,nem por som algum,mas conserva sempre a paz interna.Assim consegue dominar as ações.
A terceira das seis qualidades mentais exigidas é a tolerância,isto é ,o reconhecimento que cada ente humano tem o direito de pensar e agir seundo sua vontade,sempre quando não se torna com isso perigoso ao bem público ou particular.O discípulo há de ser tolerante quanto às opiniões
religiosas e políticas dos outros;deve evitar as ações destruidoras,e auxiliar ao seu semelhante,o mais possível,sem exigir que ele pense e seje como o discípulo.
Devemos esforçar-nos por convencer os que erram,porem nunca os desprezemos nem persigamos.
Naturalmente temos o direito de exigir o mesmo deles.
A quarta qualidade que devemos desenvolver,é o contentamento,que suporta com paciência tudo o que o Karma,a Divina Lei de Causa e Efeito,nos impõe.O discípulo há de vencer o descontentamento,que constuma invadir-nos quando observamos que não se apresentam os frutos desejados das nossas ações;ou quando vemos que sofrem pessoas justas e gozam pessoas injustas.O discípulo há de reconhecer em todas aparentes injustiças resultados kármicos.Quanto mais ele se adianta na Senda,mais claros ficam os motivos desses fenômenos.
A quinta qualidade mental é a perseverança.Por mais difícel que as vezes pareça a Senda ,o discípulo não deve desviar-se dela.Para vencer as suas fraquezas,o discípulo há de ser perseverante nas suas nobres aspirações.
Assim conseguirá também a realização da sexta qualidade mental:a confiança na sabedoria Divina que rege o mundo,tanto físico,como moral e espiritual.esta confiança ou fé torna-se lhe consequência natural de seus estudos,suas observações e sua intuição.E com ela lhe vem o equilíbrio interno,e a harmonia entre o pensamento e a vontade.Ele concentra suas forcas na direção que o conduz ao Alvo desejado,isto é a liberdade espiritual.

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